Crônicas, fotos, dança, Bukowski, Drummond, a Lua, BIP BIP, Jack Daniel's, Tango, Valsa, sombras na calçada, balança em preto e branco...uma combinação imperfeita para animar a festa...salve Miss Simpatia!
quarta-feira, 6 de julho de 2011
A volta ao mundo em oitenta cliques
Eram duas as teorias: Uma de que a tecnologia havia avançado tanto que, com as condições corretas, seria possível fazer algo até então impensável em um prazo curtíssimo; Com tantos três, vôos e navios, uma pessoa poderia cortar o globo em aproximadamente dois meses e meio.
A segunda era um pouco mais complexa, trabalhando com os conceitos de zonas meridionais e o estabelecimento de seus valores, que percorrendo o globo a partir do 0º (no caso foi Londres, já 10º) para o leste e de volta (ou seja, o sentido anti-horário, do -20º [Noruega, Suécia] ao +20º [Groenlândia, Islândia]), com todas as conversões horárias dos meridianos, o viajante 'ganharia' um dia. Como a cada aproximados 20º há uma variação de 1 hora, segundo o arco de 360º (180 negativos e 180 positivos), temos uma variação de 24 horas com a volta completa ao globo... No sentido certo (pois no sentido horário resultaria em um dia a mais).
Existem alguns erros e distorções neste fato, principalmente na consideração do livro, que teria uma variação bem menor que um dia no decorrer da jornada toda - uma vez que tudo depende da circunferência da terra a ser percorrida, ou seja, se do Equador ou dos pólos, há uma acentuada diferença, ainda mais quando o protagonista percorre toda a Índia de trem ou os Estados Unidos de balão...
Apesar disso, Verne estava correto nas duas afirmações.
Só que na primeira ele não fazia idéia de quanto.
Até porque com a internet hoje em dia, é possível varrer e percorrer o globo antes mesmo do café da manhã.
É possível visitar museus famosos como o Metropolitan de Nova Iorque, ou acompanhar o blog de um artista japonês sobre sua criação, ou verificar quais as últimas idéias e sensações no Togo. O mundo todo está acessível em uma tela, e se você tiver paciência e vontade de procurar, encontrarará maravilhas...
Até porque com todos os carros, ônibus e motos a tomar as ruas, e os aviões com seus overbookings para manter passagens, fica cada vez mais díficil ter pressa para chegar a qualquer lugar...
Tiago Salviatti submeteu-se a um experimento científico e fez o trajeto de Limeira a São Paulo com um aparelho para aferir sua pressão durante o percurso. O aparelho encontra-se atualmente perdido em algum pedaço da rodovia dos Bandeirantes...
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Serviço de utilidade pública!
São 59 filmes, 127 (dos 363 [!!!!]) episódios da série "Alfred Hitchcock apresenta", além de curtas inéditos, debates e eventos paralelos ocorrendo nos centros e no CineSesc.
Pra quem está em São Paulo, ainda tem a oportunidade de curtir as obras de Escher nos intervalos entre filmes!
O site completo com programação, eventos e outros detalhes é: http://www.mostrahitchcock.com.br/
A sugestão foi dada.
Será que também vão passar os episódios dos Simpsons influenciados por ele? |
domingo, 22 de maio de 2011
segunda-feira, 9 de maio de 2011
O que li em 2010
Publicado originalmente no Blog Pacaembuanas (http://pacaembuanas.blogspot.com/)
Por Jefferson Atayde
twitter: @jeffersonpaca
Em 2010 eu comecei a ter acesso à biblioteca do CCBB-RJ, que tem um ótimo acervo, apenas entrando em um dos aplicativos do banco. Em alguns dias o livro chega na minha mesa em malote lacrado. Maravilha, praticamente não peguei livros em outro lugar neste ano. Como o sistema guarda o "histórico do usuário", fiquei com uma relação dos livros emprestados (e, portanto teoricamente lidos) ao longo do ano; coisa que eu sempre quis fazer e que nunca deu certo, quase sempre porque eu perdia a lista ou me esquecia dela.
Analisando a relação fica claro que não foram muitos livros, 10, não batendo nem a minha meta de um livro por mês. Situação acentuada pelo fato de que "Todos os homens do presidente" é apenas um livreto desses publifolha - apesar de ser um interessante panorama sobre o impedimento do Collor, escrito ainda no calor dos acontecimentos. Outro ponto negativo foi o fato de não ter lido inteiro o conjunto de ensaios do Ítalo Calvino "Por que ler os clássicos", que me agradou em vários momentos e me entediou em outros. "Formação econômica do Brasil" foi uma tentativa frustrada. O texto denso do Celso Furtado não me permitiu passar dos primeiros capítulos. Mas eu não desisto dele!
As perspectivas não são boas até aqui, pode parecer que o ano foi perdido, mas eu me dou um desconto pelo ano turbulento que foi 2010, principalmente no segundo semestre, e pelo principal foco das leituras do ano, a série sobre a ditadura militar escrita pelo Elio Gaspari. Os 4 volumes mudaram minha maneira de ver e pensar o Brasil. É o trabalho de quase 20 anos de pesquisa em que o jornalista teve acesso a fontes incríveis, sobretudo o próprio general-presidente Ernesto Geisel. Um livro que mata a cobra e mostra o pau (to sendo chulo, eu sei), já que tudo o que se afirma tem sua respectiva nota de rodapé com a fonte da informação. Recomendo a todos.
Por fim, li finalmente o Código Da Vinci, que muito me agradou e duas biografias: A do Castro Alves, o materializador do estereótipo poeta-heroi romântico (jovem, belo, abolicionista, republicano, tuberculoso, entre outras coisas...) e a do Marcinho VP, contada no Abusado, do Caco Barcellos; um mergulho nas favelas cariocas, sua formação e o sistema de tráfico dentro delas, mas, principalmente, um mergulho no bom jornalismo investigativo.
Por que ler os clássicos (não li inteiro)
Castro Alves: um poeta sempre
A Ditadura encurralada
A ditadura derrotada
O Código Da Vinci
A ditadura escancarada
A ditadura envergonhada
Abusado
Todos os homens do presidente
Formação econômica do Brasil (peguei e nem relei direito)
sábado, 30 de abril de 2011
A madrugada dos mortos-vivos
Há um torpor coletivo que suporta o frio, o tempo, a humilhação da idiotice do que todos ali estão a fazer, e bizarramente isso se alastra, sem que saibamos se por simples mimetismo ou por real infecção de órgãos e sentidos por parte de algum vírus, bactéria ou fungo. Pelo menos nenhum dos sintomas é conhecido dos agentes infecciosos conhecidos pleo homem até hoje (a menos que o mito sobre uma variação da cepa da E.Coli chamada E. Papparazzi seja real).
Através do país e do continente massas de pessoas se reúnem ao redor da abadia de Westminster, enquanto a situação se torna global.
Em uma questão de horas o mundo todo parece atônito e paralizado sem pensamentos ou atos.
Até que subitamente o interesse dissipa, e tão rápido como começou, a multidão passa a dispersar.
E então tudo segue adiante, e, como já era antes, ninguém mais se importa.
domingo, 3 de abril de 2011
E não é que a internet é um lugar legal (*)
Recebi essa num e-mail, acabei fuçando por uns dois minutos e achei o site do grupo, o "Playing for change", uma das coisas mais geniais que eu vi nos últimos anos. Basicamente eles mixam artistas de rua de vários países (tocando a mesma música, vamos deixar claro), sem grandes presunções... Só o de mostrar boa música (e que ela pode vir de qualquer lugar - ainda mais sem toda uma produção e maquiagem que dão aos artistas de hoje), e quem sabe, oferecer alguma condição e reconhecimento a estes ilustres anônimos que se esforçam tanto enquanto passam desapercebidos por nós.
Stand by me, Imagine e Redemption Song são todas lindas, e vale a pena 'perder' um tempinho fuçando por outras versões.
http://www.playingforchange.com/journey/introduction
Confiram, vale a pena.
E pra finalizar:
Uma boa semana (e mês) pra todos.
terça-feira, 15 de março de 2011
Para alcançar as estrelas
De qualquer forma, faço deste texto como uma sucinta coluna de alguma revista ou jornal, com um tom opinativo e editorial, uma vez que estou falando de algo que me é muito estimado.
Estou falando da epopéia em quadrinhos criada por James Robinson, Tony Harris, publicada na série mensal Starman (do número 0 ao 80, com algumas histórias de back-up), compiladas nos 6 volumes luxuosos em capa dura da coleção Starman Omnibus (que eu terminei de ler hoje, e motivo de minha necessidade por escrever sobre isso).
Claro, são super heróis, são quadrinhos e tudo mais, e alguns podem torcer o nariz pra isso e sobre isso.
Danem-se estes que vão torcer o nariz... Estão perdendo uma das melhores histórias, das mais brilhantes caracterizações de personagens e desenvolvimentos dos mesmos, que, até o presente dia eu já vi.
A série conta a história de Jack Knight, herdeiro do legado de Ted Knight, o aposentado Starman do título da série - que havia delegado este título ao outro filho, David, falecido logo nas páginas iniciais da primeira edição. E é sobre esse relacionamento entre Jack, David (mesmo falecido, fazendo visitas anuais) e Ted, com o amadurecimento e crescimento de cada personagem e suas reflexões sobre o mundo e o cotidiano que dão um charme único à obra.
Mas não só isso.
Claro, a viagem de Jack permeando por todos os conceitos estabelecidos por Joseph Campbell em seu brilhante "O herói de mil faces" (1949) comparando as histórias mitológicas e literárias, o que viria a ser um ponto de partida para todo e cada aspirante a cineógrafo ou escritor.
Ou os detalhes e a arquitetura elaborada de Opal City, com sua história e mitos que refletem e reverberam em nosso mundo, com precisão cirúrgica e assustadora. Ou a arte insana de Tony Harris, que realmente fascina desde o primeiro quadro. Ou os diálogos incrivelmente reais de James Robinson.
Não.
Há um pequeno espaço, onde James recapitula toda a história, quase onze anos após a publicação da última história, no final de cada edição, em que ele explica com uma franqueza brutal o que estava acontecendo.
Ele não poupa, em momento algum, fatos que o mostrem como um grande babaca, presunçoso e egoísta em diversas ocasiões, que o afastaram de alguns dos colaboradores e amigos da série, de sua esposa. E é dessa franqueza que surge um brilho extra, uma luz a mais para brilhar sobre os céus de Opal.
Ficam mais claros motivos, o crescimento do personagem sombrio Shade nos momentos de luto de Robinson pela morte do mentor e amigo Archie Goodwin, e até o crescimento moral de Jack Knight.
É uma longa história sobre homens e monstros, amores perdidos e reencontrados... Sobre seguir em frente com a vida sem esquecer de onde viemos.
É uma lição de vida.
Fica a sugestão a todos, mas adianto que não existem cópias em português (ao menos não do material todo... A editora nacional Panini lançou somente metade do primeiro volume, e por um preço bem salgado). De qualquer forma uma boa maneira de testar o inglês.
Uma boa leitura a quem se aventurar.
PS: Ainda estarei um tanto sumido, mas pretendo responder e-mails ou postar alguma coisa aqui eventualmente. Devo sair em férias em meados de maio - e pretendo visitar alguns amigos, inclusive daqui do blog - e então colocar a casa em ordem e o trabalho em dia... Um abraço à todos.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
All you need is cash
É só um aperitivo, pra não passar a semana em branco.
The Rutles, uma paródia brilhante dos Beatles, estrelada pelos ex-pythons Eric Idle e Michael Palin, é (um dos) assunto(s) a ser discutido no 'macacosdigitando'.
De qualquer forma é uma material que no mínimo vale uma busca sobre eles no youtube...
Um bom fim de semana.
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
A teia
domingo, 23 de janeiro de 2011
S(F)inal dos Tempos
Estou ficando chato/velho ou chamar o Blink 182 de 1)banda grande e 2) da única banda interessante que ainda não tocou no Brasil é um puta exagero?
Julgue por si próprio.
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Calvin e Harold de Bill Waterson.
***
Estou com um novo blog, com minha apresentação sobre Informação (dividida em algumas partes, que eu publicarei uma ou duas vezes por semana, de acordo com o tempo) e queria aproveitar para divulgar e insistir pro pessoal dar um pulinho por lá, conferir o material, e principalmente quando o Adsense estiver funcionando, colaborar para que eu junte uma verba pra publicação do meu livro (Ah, no perfil tem um link do Rapidshare com uma amostra do livro em andamento 'Palavras não escritas'). Isso faz com que eu me ausente por algum tempo aqui, mas sempre que possível estarei postando.
Entrem lá, é de graça!
http://www.macacosdigitando.blogspot.com/
Um abração, e boa semana a todos.
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Madrugada de desejos difusos - Edison Lotério
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Pay Not to View
Depois de uma longa pesquisa, este sensacional sistema (patente pendente) traz a solução para um dos problemas modernos (surgido sem a noção de que seria um problema moderno pela sociedade moderna): A encheção de saco e repetição desmedida de assuntos que não interessam nem um puto pra ninguém.
De fábrica o produto já vem preparado para usar a suave e agradável voz de pato (e quando escrito é só um borrão) toda vez que três Bs são usados na seqüência, ou que o RPM começa a tocar. Ele também substitui da programação da televisão o programa por um episódio de Os Simpsons, ou, segundo a versão 2.0 a ser lançada, um programa a escolha.
É verdade que o preço é meio salgado ainda, mas o quite inclui um segurança 24 horas para impedir que você seja abordado por qualquer pessoa na rua sobre o assunto, e ele também recorta o seu jornal pela manhã para coibir inserções ao(s) tema(s) - meu jornal de hoje parecia uma peneira com tanto buraco!
Mas não é só isso: Ligando nos próximos dez minutos, você leva de brinde um ano de assinatura da revista Scientific American e da National Geographic, para ter assunto ou pelo menos se distrair enquanto o Brasil está parado discutindo que tipo de chato deve ganhar algum prêmio por sua mediocridade.
domingo, 2 de janeiro de 2011
O primeiro texto de uma nova década (que responsa!)
Um abração a todos!
Confabulações - versão 2.0.11
Existem pessoas que são regidas por tradições, superstições e outros tipos de mandingas populares, e as celebrações de fim de ano (que, por todos os princípios é apenas uma tradição, superstição e mandinga, afinal, é a mesma virada de página da folhinha que nos outros 11 meses do ano), e, os outros 2% da população.
Eu, particularmente, admito que tenho minhas manias e superstições, e, algumas eu até tento justificar como lógica, até por medo de um dia virar TOC, mas no fim são apenas manias e superstições, e, invariavelmente tenho meus momentos de réveillon. Não são tantos... Particularmente não acho que a cor da roupa que uso faça diferença (e, empiricamente todo o branco usado que almeja paz nesse nosso mundo violento parece não surtir efeito), ou que pular ondas, comer frutos que não me agradam – e guardar suas sementes (sério? Romã?) – ou outras convenções do tipo... Mas são ritualísticos como o de todos os outros, de uma forma mais intimista e pensativa.
A primeira começa antes, e às vezes, bem antes. Eu paro de fazer a barba, um tempo antes do dia 31, como que uma forma de exorcizar as coisas ruins do ano, e, começar de cara limpa metafórica e figurativamente.
Já no dia 31, normalmente próximo à meia-noite eu tenho o hábito de sumir por alguns minutos, com a ‘última cerveja do ano’, e os últimos minutos para dedicar aos amigos ausentes e todos aqueles que já partiram (apesar de acreditar-se que estejam aqui de alguma forma, mesmo que na lembrança). Desta forma, brindo silencioso à lua, e acabo com a última cerveja como já havia feito com as demais.
Minha última tradição é mais fútil, tola e, para muitos efeitos parece bem mais com o TOC que eu já mencionara antes do que uma tradição propriamente dita... Eu me esforço para memorizar o nome da primeira música que ouvi no ano. Nada profético de imaginar que a música será meu oráculo do ano vindouro ou uma epígrafe do ano que fechou (e, pelas músicas que ouvi, fica realmente difícil acreditar nas duas opções). Também não faz tanto tempo que eu faço isso... Uns quatro anos (quando eu parei de assistir o primeiro nascer do sol, uma vez que afinal, ver o sol nascer entre prédios e casas quando não se vai viajar não tem graça nenhuma), quando fui brindado com, quase sem querer, Sinatra cantando seu hino ‘My way’, em um antigo show que por ventura passava na TV à cabo naquela virada de 2006 pra 2007.
De 2007 pra 2008, bem... Fui pego de surpresa pela ‘Dança da Manivela’, e, apesar de envergonhadamente reconhecer saber a letra, admito que tomei uma liberdade de ‘manipular’ um pouco essa primeira música para que eu não tivesse de ouvir coisa pior no próximo ano... Passei a usar meu fiel escudeiro tocador de mp3 na função de embaralhador de faixas, e, curiosamente, no primeiro minuto de 2008 pra 2009 e 2009 pra 2010 ocorreu a repetição de ‘Ring them Bells’, com a diferença que no primeiro ano foi Surfjan Stevens fazendo cover, enquanto no ano seguinte foi o próprio Dylan a cantar.
Esse ano, depois de algumas falhas técnicas (o fiel escudeiro não mais está entre nós), quase esqueci desta tradição, até precisar ir ao carro buscar meus chinelos e ser surpreendido pela belíssima “Echoes” (já quase na metade dos 23 minutos de música, perto daquele momento que ficou famoso no plágio que é a canção-tema do Fantasma da Ópera).
Foi quando lembrei, e, um sorriso veio a meus lábios... E no primeiro acesso à internet comprei um DVD do Pink Floyd... Mas continuo sorrindo...
Um bom ano a todos, sem mandingas (ou TOC, pelamor!), muito BIP BIP e Jack Daniels e alegria, porque sem ela, de que adianta a saúde ou o dinheiro ou o sucesso (mas não que valha a pena abrir mão destes pela alegria)?
“And I am you and what I see is me”